terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Recapitulando ontem

Eu e Ruben em foto de Marta, no mercado, domingo, comendo ostras, frios e patês, com um Sancerre blanc

Paris, 22 fevereiro 2011. Ontem tivemos um excelente jantar. Um cozido com bochechas de porco e muitos, muitos legumes e batata doce, precedido por uma salada verde, num molho simples, porém delicioso: vinagre, azeite e shoyo, numa certa dosagem, o que acaba substituindo o sal. Abrimos uma garrafa de um Bourgogne de 2008 (mais suave e transparente que o Bordeaux). Conversamos sobre muitas coisas, inclusive comida. É bom que Lorenzo esteja presente, o que me obriga a me esforçar a falar francês, pois com Marta e Ruben é espanhol e português direto. Ele espera que eu faça uma feijoada com farofa. Não sei se estou à altura. Aqui, comer bem e harmonicamente é coisa séria. Na véspera, Marta ficou chateada porque o peixe que fez, soltou muita água e empobreceu o tempero... Para mim, estava uma delícia. Esses nativos!

Lorenzo se prepara para o café da manhã, antes de partir para a escola de gastronomia

A caminhada com Ruben também foi muito boa. Ele tem a visão de um artista plástico e Paris convida mesmo a esse olhar sobre as coisas. Tudo tem história e uma harmonia que não se vê no Rio, onde as coisas são construídas e destruídas ao sabor dos interesses financeiros. Vi jardins, palácios, parques, bulevares e muitas lojas interessantes: de design, de moda (pensei em comprar um vestido pra ela!) e livrarias... Ah! As livrarias! Vou ter que me manter afastado delas, do contrário ficarei pobre! Vi num armazém as peças de fois gras, ainda cru, para serem preparadas. Uma arte da culinária francesa. Em outra loja, o chef se especializou em especiarias, que ele mistura e batiza com nomes oníricos. Parece mesmo uma coisa de sortilégio. Os variados tipos de curry que ele prepara, entre outros segredos, perfumam tudo ao redor.

Pão, frutas e queijos com muito café para aquecer de manhã

Estamos tentando programar uma ida ao concerto da fadista Misia. Um fado moderno, que anda fazendo sucesso por aqui. Segundo o jornal, a Misia “est la plus zen, la plus sophistiquée, la plus introspective des chanteuses de fado”... Vamos ver. Estou ainda enrolado com banco. A Capes ficou de depositar a primeira parte da bolsa na minha conta do Banco do Brasil, no Rio. Tenho que descobri como faço para sacar aqui... Ainda estou usando a grana que a me emprestou. Sou nulo nessas coisas burocráticas, bancárias...

Aproveito para pôr mais algumas fotos, da casa, das ostras, dos passeios...

2 comentários:

  1. nada como conhecer o marché d'aligre "por dentro" (por dentro dos porcos, dos gansos, dos coelhos, das galinhas d'angola...) e ao redor de uma boa mesa. Quanto ao $$, assim que bater na tua conta, ou você transfere para a conta da Martha, por exemplo, ou vai sacando com seu cartão no caixa. Resta conhecer as taxas...

    ResponderExcluir
  2. Querida Ips! Não sei o que seria de mim sem seu afeto! Beijo!

    ResponderExcluir