sábado, 12 de março de 2011

Cerveja, champanhe, vinho e uísque japonês

Mais foto do Café L'Industrie

Paris, 12 março 2011. Ontem, enfim, consegui me encontrar com Vivi Fernandes. Esperei por ela um pouco nas escadarias da Opéra da Bastille, onde anunciam uma ópera de Wagner em letras garrafais. As escadas diante do anjo da Bastilha se prestam bem ao papel de ponto de encontro. Há várias pessoas aqui esperando outras. Também é um bom ponto para ver o povo passar para lá e para cá. Com a temperatura fazendo uns confortáveis 16 graus, o céu azul com nuvens em flocos, Paris estava especialmente deliciosa nesta sexta-feira.

Quando Vivi chegou, fomos direto para o Café de L’Industrie, onde almoçamos um peixe feito na manteiga branca, com ervas, arroz e legumes. Para acompanhar o papo e o prato, uma Leffe e, depois, uma Amstel. Vivi está trabalhando como editora da revista de História, da Biblioteca Nacional. De férias na Europa, seguiu ontem para a Alemanha (Berlim, Colônia e Dusseldorf), de onde retorna ao Brasil. Aproveitei para fazer mais algumas fotos do Industrie.

Vivi e eu em Paris

Depois, passamos numa boulangerie, compramos duas baguettes, e demos uma longa caminhada pelo Promenade Plantée, aquele caminho suspenso que atravessa quilômetros e quilômetros de Paris, cercado de árvores, bancos e de um silêncio espantoso, enquanto a cidade mantém sua efervescência abaixo. Viemos à casa de Marta e Ruben, mas eles não estavam. Descemos e tomamos um expresso num café perto do metrô, onde ela embarcou para outro compromisso. Foi ótimo matar a saudade de Vivi, saber notícias de amigos, como Alfredinho, do Bip Bip, Moacyr Luz, Marclo Moutinho e Hugo Sukman.

Por meu lado, fui me encontrar com Ruben e Marta, que estavam perto do Les Hales, mas numa rua muito simpática, repleta de restaurantes aconchegantes, bistrots e cafés. Também muitas lojas interessantes em passagens antiqüíssimas, que me lembraram vagamente a Galeria Menescal. Andamos e andamos. Compramos dois vinhos para o jantar na casa de Nathalie e Christian e para lá fomos.

O jantar na casa de Christian e Nathalie: bossa nova e porco ao mel

O menu: costelinhas de porco no mel, com arroz de três tipos. Depois salada verde, e sorvete com manga em calda, de sobremesa. Para beber, Christian abriu a noite com duas champanhas. No jantar, várias garrafas de vinho (o primeiro era sensacional, leve e "frutuoso", como dizem por aqui), os outros um pouco mais ácidos, mas excelentes. E no fim, um uísque japonês, que tinha gosto de Jack Daniels. Entre os convivas, Sonia, uma nissei brasileira que vive em Paris a vida inteira, Vivian, uma produtora de cinema, que conhece bem o Brasil, sobretudo Rio e São Paulo, e sua amiga, Caroline. Como sempre, exageramos. No fim, Sonia ainda mandou umas canções brasileiras, inclusive uma versão em francês que ela fez do Malandro, do Chico Buarque.

Tomando um cafezinho no balcão

Hoje, amanheci um pouco ressaqueado, mas nada que um bom café da manhã não resolvesse. Acompanhei Marta na cobertura de uma manifestação contra o aumento exorbitante dos alugueis na França e o despejo de inquilinos inadimplentes e me empolguei, a ponto de fazer uma matéria (texto e fotos) para o Globo. Depois fomos a pé a uma área bastante interessante, uma galeria (Bradry) que a Cristiana Brindeiro já havia me falado, de lojas indianas e outra (Prado) que parecia um suq árabe ou bazar persa, não sei bem. Tomamos um café num bar bem antigo. E voltamos para casa para eu enviar a matéria para o Globo a tempo do fechamento.

13 comentários:

  1. PT, correspondente no exterior seria... uma. Não?

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  2. Salve, meu querido! Bem-vindo à Paris! Abs.

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  3. Que delícia...eu sempre acho engraçado que absolutamente em todas as refeições se bebe! Vida mais ou menos essa! rs

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  4. Sou eu Giovanna! não nenhum anônimo..

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  5. Salve Paulinho ! Já engordei uns 3 kg só por ler seus posts ! Delíciosamente saborosos ! Saudades, pô ! O Bloco do Barbas não saiu o mesmo na festa da carne deste ano sem a sua presença, mesmo que discreta. Abração pra ti e pra dupla dinâmica Martinha/Rubem...
    Toco

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  6. Sim, Gio. Se bebe em todas as refeições, com exceção de água... :-)

    beijos

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  7. Toquinho, putz! Vc foi ao Barbas? Que inveja! Queria tanto tomar aquele banho extasiante... folia, dionísio, evoé e carnaval... ai, ai... saudade dessa terra! Um beijo pra vc e Grazi!

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  8. Amor,
    finalmente li o blog de cabo a rabo.
    Ai que saudades suas. Sério, precisamos marcar uma cerveja via skype, muito o que conversar.
    Saudades imensas.

    Mila

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  9. Miloca, precisamos sim! Você no seu boteco em Telaviv e eu, em Paris... um brinde etílico-telefônico! Saudades também! Beijos!

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  10. Vivi, foi ótimo nosso rendez-vous, não é mesmo? Nos vemos em junho, se tudo correr bem. Beijo!

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