sexta-feira, 18 de março de 2011

Um mês em Paris

Marta e Ruben após o casamento: o evento do mês

Paris, 18 março 2011. O tempo é um sortilégio. A forma como damos sentido a essa experiência de presente, passado e futuro é meio mágica, parece mesmo ter uma estrutura onírica. Ora nos lança à frente ora nos traz de volta aos vários passados, distantes, próximos... Aí, de repente, nos deparamos com o calendário e tudo muda! Um novo sentido surge e as coisas são automaticamente atualizadas numa nova realidade. Toda essa especulação para dizer que hoje está completando um mês que cheguei a Paris e, ao me dar conta disso, tudo se atualizou na minha cabeça, automaticamente. Um mês em Paris...

Marta, Nathalie e Christian, num café

De um lado, a noção de que o tempo escorre incontrolavelmente e logo, logo essa experiência estará encerrada num aeroporto. Foi um pouco como minha vinda para cá. Saí de um Rio fazendo em média 36 graus, todo mundo se preparando para o carnaval, e amanheci em Paris, fazendo 4 graus, diz cinzento, novo idioma, outra cultura. Mesmo já tendo vindo à cidade várias vezes antes, tudo era novo para mim. E foram a conversa com Joana em casa, no dia da viagem, e a presença mais tarde de Soraya, me ajudando na transição, me levando ao aeroporto e facilitando as coisas com palavras de estímulo que abriram os caminhos dessa viagem.

Nathalie, Marta e Thu, as três amigas


Para celebrar, vou hoje voltar ao canibalismo na Maison Rouge, para concluir a reportagem para o Globo e, à tarde, mergulho na academia, numa palestra com Ulf Hannerz, em Nanterre. Vai ser um debate sobre o tema La complexité culturelle. Depois, à noite, um jantar com o próprio Hannerz e a galera da École. Esse fim de semana, também estarei sozinho na casa de Marta e Ruben. Todos viajarão o fim de semana. Vou me concentrar nas leituras e no trabalho de campo. Acho que minha pesquisa está bem organizada e estruturada de acordo com o tempo que tenho aqui. Amanhã, pretendo ir à Commune d’Aligre e conversar com as pessoas lá. No domingo, quero passar o dia no campo.

Uma cervejinha com baguette e queijo, porque ninguém é de ferro...

A partir da próxima semana, começo em nova casa. Consegui alugar um quarto na casa de um cantora, na Place d’Italie. E o segundo mês promete ser outra história. Também decidi continuar na Alliance por mais duas semanas. Vamos ver. A bientot!

8 comentários:

  1. Um abraço bem ensolarado, saudoso e brasileiro...um bju "procê" :)!!!!Continue me apresentando a sua Paris.

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  2. Puxa! Nem parece que já "estamos" aí há um mês! rsrs Estou adorando! Beijos, Cris

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  3. Meu amigo querido, esse mês transcorreu com tanta doçura, com tanto amor. Está tudo sempre dando certo. À nós cabe somente dar uma mãozinha para a sorte: tomando um copo de Leffe ou un verre de vin por dia e pensando em preparar maravilhas para degustar cotidianamente à mesa.

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  4. Pois é, Cris, o tempo voa, não é mesmo. Aliás, fui lá naquela passagem dos restaurantes indianos... vc tinha razão: é sensacional. Bjs.

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  5. É verdade, minha Ips! Aliás, a propósito disso, acabo de chegar de um jantar com o Hannerz, Alain Battegay, Pedro García Sanchez, Anne Raulin e Roselyne de Vilanova, mais dois doutorandos de Nanterre. Foi um lauto jantar num pequeno bistrot à côte de Stalingrad. Mil observações pra te fazer... amanhã. Hoje estou com muito vinho e cansaço... bjs.

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  6. Salvei a foto "baguette com cervejinha" no celular e mostrei para Adelina e Verinha. Elas adoraram. Disseram que te amam e mandaram muitos beijos. Já o Vavá estava meio alterado e não falou lé com cré...

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  7. Putz, o Vavá alterado? Não consigo imaginar :-). Aliás, me encontrei com Halina na sexta. Combinamos uma cerveja...

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